terça-feira, 10 de maio de 2011

"O uso da Arte no Contexto Terapêutico: A Arteterapia ou as Terapias pela Arte". Joya Eliezer

Um recorte...


Propriedêuticas dos materiais

Estou muito feliz de após percorrer nosso país constatar que pude sistematizar teórica e praticamente o pensamento dos grandes terapeutas da arte de nosso século. Como psicóloga e arte educadora há duas conquistas fundamentais ou seja, "As questões práticas dos processos arteterapêuticos" e "As propriedades terapêuticas dos materiais: as propriedêuticas dos materiais no contexto arteterapêutico". Formada na escola da clínica e da arte cada atividade, cada material, cada cor, forma, movimento, som tem uma possibilidade de atuação no sujeito. Usando como exemplo o modelo médico nas prateleiras os medicamentos são tintas, lápis, pincéis, sons, cera de abelha, argila, papéis, coreografias e partituras. Um rolo de barbante pode permitir a percepção e integração de noções de espacialidade. As cores quando bem utilizadas podem permitir a hamonização efetiva, emocional. A modelagem permitia estimulação tátil, o trabalho muscular, a estruturação postural assim como a capacidade de concretizar e de planejar. A técnica do desenho, inicialmente utilizada apenas projetivamente, tem na terapia pela arte papel de desenvolver a esfera cognitiva, o logus, além da capacidade de abstração. Os fios (lãs, barbantes, linhas) utilizados no bordado, tricô, crochê, tecelagem permitem o fortalecimento e a reeducação do pensamento. A imagem sonora faz entrar em contato com seu eu mais profundo energetiza os campos astrais - etéricos e cria, segundo as diferentes melodias ritmos que, segundo a orientação terapêutica, equilibraram e harmonizaram o sujeito. A dança, além de sua excelência na projeção das imagens internas permite a exploração e o uso adequado do espaço. Fazem parte do setting arteterapêutico as contruções, modelos interativos ao homem com seu meio ambiente. Na terapia pela arte, assim como nas ciências humanas, cada pressuposto dever ser considerado apenas com uma hipótese, a ser confirmada ou não pelo sujeito. Destacamos que no trabalho da Dra. Nise da Silveira foi possível ao técnico a compreensão através do pensamento mítico das imagens internas de doentes que se expressam na atividade de livre expressão. O imaginário torna-se concretizável, metabolizado e passível de ser compreendido.

http://www.revistapsicologia.com.br/materias/pontoDeVista/m_pontodevista_arteterapia.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário